Sensibilidade Humana



O Homem é Como uma Casa

Autor: Apparicio Torelly, jornalista e humorista brasileiro. Aporelly, Barão de Itararé, Mariano José Pereira da Fonseca ou Marquês de Maricá nasceu em 1895, São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Faleceu em 1971, Rio de Janeiro com 75 anos de idade.

Feita em 1949. Está no livro "Máximas e Mínimas do Barão de Itararé". O livro traz, também, uma coleção de anúncios de jornais dos anos 40 e 50 que é uma festa. Além, é claro, de muitas crônicas e piadas deste que é considerado o pai do humoristas e cartunistas brasileiros.

O Homem é como uma casa. Tal e qual. Há casas que são uma fachada. Atrás de um belo e suntuoso frontispício, escondem um interior e uns fundos miseráveis. Em compensação, há homens de aparência rude, de mãos calejadas e rostos cheios de sulcos que, no entanto, ao se lhes penetrar no íntimo, revelam uma alma hospitaleira, repleta de bondade sincera e de celestial tranqüilidade.

Há uns velhotes, baixinhos e atarracados, com o cabelo virado nas pontas que lembram essas mansardas coloniais de telhado de beira, com a sala de visita atulhada de objetos antigos, alguns muito bonitos e bem trabalhados, mas que atualmente, não têm a menor utilidade. Por exemplo: um castiçal de prata para velas de sebo, que ainda não tomou conhecimento da existência do mercado das lâmpadas fluorescentes.

Dois irmãos gêmeos são dois prédios iguais, construídos pelo mesmo arquiteto, com o mesmo material. Um cidadão com mais de dois metros de altura é um arranha-céu, sem elevador. Um homem doente é uma casa avariada. Um homem com muitas doenças é um hospital. O barbeiro é uma espécie de jardineiro, encarregado de podar as vegetações que nascem na frente da casa. Há barbas piores do que tiririca ou carrapicho rasteiro. Um homem, uma casa. Alguns senhores do interior, parados na avenida, uma aldeia. Um senhor que tem algumas amizades e as explora familiarmente, é uma casa de pensão. Um cavalheiro muito amável e muito cortês, mas que assalta sem piedade as pessoas que a ele recorrem, é um hotel de luxo. Os irmãos siameses são dois prédios contíguos. Um grão-fino, de flor no peito, é um bangalô, muito bem arranjadinho, com jardim na frente, mas hipotecado até os alicerces.

Há homens palácios. Há homens taperas. Há homens residenciais. O tipo mais simpático, porém, é aquele que nos paga o almoço regado a finos líquidos. Este é o armazém de secos e molhados.


Excerto "http://web.onda.com.br"


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Recupere a Motivação


O despertador marca sete da manhã e começa o aviso de que chegou a hora de saltar da cama para ir trabalhar. A vontade é nula e a motivação que o faz mexer já lá vai há alguns meses. Tem que reagir para não se deixar vencer pela desmotivação que o prejudica no emprego.

Quando começou a trabalhar no seu emprego, a motivação estava a altas rotações. A ideia de aprender coisas novas e conhecer pessoas e ambientes diferentes era excitante e agradável. No entanto, ao fim de alguns meses, anos ou décadas, a rotina instalou-se e já nem consegue levantar-se da cama só de pensar no que vai fazer.

A desmotivação no emprego é normal e surge com frequência. Muitas vezes o problema nem é o trabalho que desempenha, mas o que o rodeia. Divergência de opiniões sucessivas, intrigas e conflitos com colegas ou patrões, injustiças face ao seu trabalho, excesso de controlo, mudanças permanentes. Os factores são variados, mas a atitude correcta não é alimentar mas sim atacar o problema de frente.

Causas que podem provocar desmotivação

A política da empresa condiciona a progressão da sua carreira;

Existem um sem número de regras desnecessárias que condicionam o seu desempenho enquanto profissional;

Não existe flexibilidade face aos seus problemas, internos ou externos à empresa;

O trabalho tornou-se repetitivo e monótono;

Existe um subaproveitamento das suas capacidades;

O grau de competitividade é excessivo para os seus padrões;

Falta de valorização ou apoio para com o seu trabalho;

Controlo excessivo;

Não se deixe abater pela desmotivação

Uma das formas mais eficazes de perceber se está a ser "atacado" pelo sindroma da desmotivação, é ir ao fundo da questão e tentar perceber de onde surge tal sentimento. Muitas vezes estamos absorvidos com outros problemas externos ao trabalho, mas é sempre mais fácil justificar-nos com o que está mais próximo.

Na luta contra a desmotivação, talvez ajude:

Fazer uma pausa: tire um mês seguido de férias;

Falar abertamente dos seus problemas de desmotivação com os seus colegas para saber se eles passam de mesmo ou, se já lhes aconteceu, como resolveram;

Não deixar que isso afecte o seu desempenho e entregar-se ao máximo como bom profissional;

Se a desmotivação que o consome é devido ao próprio trabalho que desempenha, tente arranjar novas abordagens, novas perspectivas, novas formas de organização para renovar o trabalho;

Se puder trocar de lugar com algum colega ou mudar de secção tente-o fazer. Muitas vezes, desempenhar outra função, mesmo que seja dentro da empresa onde trabalha, renova o ambiente e dar-lhe outra força de vontade;

Se o problema for em termos monetários tente mostrar o bom profissional que é para o aumento surgir;

Se ainda acha que não vai lá, o melhor mesmo é começar a procurar um novo emprego.

Desta vez seleccione algo dentro das áreas de interesse que lhe motivam, para que possa ter sempre algo que, para além de lhe dar o "pão nosso de cada dia", seja divertido e lhe dê gozo fazer.

Fonte: "Expresso"

Ricardo Freitas

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